La Mina Guaíba es un proyecto de minería de carbón mineral, arena y grava que está en proceso de licenciamiento ambiental para instalarse en área de 4.373 hectáreas en los municipios de Charqueadas y de Eldorado del Sul, en la Província de Rio Grande del Sur, Brasil. La minería privada brasileña Copelmi, con inversión china y estadounidense, pretende extraer, en el transcurso de 23 años, una reserva estimada de 166 millones de toneladas de carbón, lo que sería la mayor mina a cielo abierto del país [15] [16]. La previsión es que las inversiones lleguen a hasta 4.400 millones de dólares [10]. Muy cerca del Parque Delta del Jacuí y de otras áreas de preservación ambiental, la mina se abriría a 1,5 km del Río Jacuí, responsable de más del 80% del agua que llega al Lago Guaíba, que abastece a la ciudad de Porto Alegre, capital de la Província. El proyecto prevé también el descenso de la capa freática, la desviación de los arroyos Pesquero y Jacaré y la salida del territorio de diversas famílias, incluyendo agricultores del Asentamiento Apolonio de Carvalho [16]. El asentamiento Apolonio de Carvalho es responsable de una de las mayores producciones de arroz ecológico de Latinoamérica, con capacidad de almacenamiento y secado de 4.000 toneladas [8] [15] [16]. La minería empezaría a 3 km del lugar, y después de siete años invadiría el área de la labranza. Sin embargo, los agricultores afirman que los daños serían inmediatos, con la contaminación del aire y con la reducción de la disponibilidad de agua para irrigación, en función de los desvíos de los arroyos y del descenso de la capa freática. El proyecto está en fase de licenciamiento ambiental, iniciado en 2014. Sin embargo, según entidades ambientales faltan transparencia y datos, y la empresa ha demostrado mucha prisa en conseguir el licenciamiento. Una audiencia pública para debatir el proyecto fue realizada el 14 de marzo de 2019, en la ciudad de Charqueadas. Un día antes de la convocatoria de la audiencia, la Fundación de Protección Ambiental de la Provincia de Rio Grande do Sul (FEPAM) había solicitado a la minera Copelmi una serie de complementos al Estudio de Impacto Ambiental y al Informe de Impacto al Medio Ambiente que constan en el proceso de licenciamiento. Entre los diversos ítems considerados incompletos, se incluyen la presentación de alternativas locacionales, la aclaración sobre la interferencia del descenso sobre los pozos de las comunidades, la evaluación sobre la erosión del suelo y la revisión del estudio de vulnerabilidad del acuífero. Entidades ambientales llegaron a conseguir una orden judicial para que la audiencia pública no ocurriera antes de la conclusión técnica de los estudios, pero la propia FEPAM recurrió y la audiencia se realizó.En el entendimiento de las entidades ambientales, la FEPAM actuó en favor del interés de la minera. A mediados de abril de 2019, el Ministerio Público de la Provincia (MPE) y el Ministerio Público Federal (MPF) enviaron una recomendación conjunta a Fepam para que se realize al menos una audiencia pública más. En el mismo sentido, un requerimiento firmado por concejales de Porto Alegre ha sido protocolado en la FEPAM, solicitando la realización de audiencia pública en la ciudad de Porto Alegre. Además, dos diputados se reunieron con representantes del Asentamiento Apolonio de Carvalho y solicitaron al MPE y al MPF, en março de 2019, la suspensión del proceso de licenciamiento ambiental. La preocupación de las entidades ambientales se debe al hecho de que la mina es un emprendimiento de alto impacto ambiental que afecta a cursos de agua, vegetación y viviendas, desalojando, además de los agricultores del Asentamiento Apolonio de Carvalho, habitantes del loteamiento Guaíba City. Todos los municipios bañados por el delta del Jacuí estarán sujetos a ese impacto, principalmente Porto Alegre, Canoas, Eldorado del Sur, Charqueadas y Nova Santa Rita. El eventual colapso de la mina contaminaría toda la región del Delta del Jacuí, haciendo inviable el suministro de agua para toda la Región Metropolitana de Porto Alegre. En febrero de 2020, el proceso de licenciamiento fue suspendido por la Justicia Federal a causa de la ausencia del componente indígena en el Estudio de Impacto Ambiental y respectivo Informe de Impacto Ambiental del proyecto. Sin embargo, el Comité de Combate a la Megaminería en Rio Grande do Sul [15] y las demás entidads que son contrarias al proyecto continúan movilizadas, pues el mismo aún no ha sido archivado, y puede ser retomado en cualquier momento [13] [14]. VERSÃO EM PORTUGUÊS A Mina Guaíba é um projeto de mineração de carvão mineral, areia e brita que está em processo de licenciamento ambiental para ser instalado em uma área de 4.373 hectares nos municípios de Charqueadas e Eldorado del Sul, na Província do Rio Grande do Sul, Brasil. A mineradora privada brasileira Copelmi, com investimentos chineses e norte-americanos, pretende extrair, ao longo de 23 anos, uma reserva estimada em 166 milhões de toneladas de carvão, que seria a maior mina a céu aberto do país. A previsão é que os investimentos cheguem a 4.400 milhões de dólares. Muito próxima ao Parque Delta do Jacuí e outras áreas de preservação ambiental, a mina estaria a 1,5 km do Rio Jacuí, responsável por mais de 80% da água que chega ao Lago Guaíba, que abastece a cidade de Porto Alegre, a capital do estado. O projeto prevê ainda o rebaixamento do lençol freático, o desvio dos arroios Pesquero e Jacaré e a saída de diversas famílias do território, inclusive agricultores do Assentamento Apolônio de Carvalho. O assentamento Apolônio de Carvalho é responsável por uma das maiores produções de arroz orgânico da América Latina, com capacidade de armazenamento e secagem de 4.000 toneladas. A mineração começaria a 3 km do local e, após sete anos, invadiria a área da fazenda. No entanto, os agricultores dizem que os danos seriam imediatos, com poluição do ar e redução da disponibilidade de água para irrigação, devido ao desvio de arroios e ao rebaixamento do lençol freático. O projeto está em fase de licenciamento ambiental, que teve início em 2014. No entanto, de acordo com os órgãos ambientais, falta transparência e dados, e a empresa tem demonstrado grande pressa na obtenção da licença. Uma audiência pública para discutir o projeto foi realizada em 14 de março de 2019, na cidade de Charqueadas. Um dia antes da convocação da audiência, a Fundação de Proteção Ambiental da Província do Rio Grande do Sul (FEPAM) havia solicitado à mineradora Copelmi uma série de complementos ao Estudo de Impacto Ambiental e ao Relatório de Impacto Ambiental que constam no processo de licenciamento . Dentre os diversos itens considerados incompletos, estão incluídos a apresentação de alternativas locacionais, o esclarecimento sobre a interferência da descida nos poços das comunidades, a avaliação da erosão do solo e a revisão do estudo de vulnerabilidade dos aquíferos. Os órgãos ambientais conseguiram obter ordem judicial para que a audiência pública não ocorresse antes da conclusão técnica dos estudos, mas a própria FEPAM recorreu e a audiência foi realizada. No entendimento dos órgãos ambientais, a FEPAM atuou a favor do interesse da mineração Em meados de abril de 2019, o Ministério Público Provincial (MPE) e o Ministério Público Federal (MPF) enviaram uma recomendação conjunta à Fepam para a realização de pelo menos mais uma audiência pública. No mesmo sentido, foi protocolado na FEPAM um requerimento assinado por vereadores de Porto Alegre, solicitando a realização de audiência pública na cidade de Porto Alegre. Além disso, dois deputados se reuniram com representantes do Assentamento Apolônio de Carvalho e pediram ao MPE e ao MPF, em março de 2019, a suspensão do processo de licenciamento ambiental. A preocupação dos órgãos ambientais se deve ao fato de a mina ser uma obra de alto impacto ambiental que atinge cursos d'água, vegetação e residências, deslocando, além dos agricultores do Assentamento Apolônio de Carvalho, moradores do loteamento Guaíba . Todos os municípios banhados pelo delta do Jacuí estarão sujeitos a esse impacto, principalmente Porto Alegre, Canoas, Eldorado do Sul, Charqueadas e Nova Santa Rita. O eventual colapso da mina contaminaria toda a região do Delta do Jacuí, inviabilizando o abastecimento de água para toda a Região Metropolitana de Porto Alegre. Em fevereiro de 2020, o processo de licenciamento foi suspenso pela Justiça Federal por conta da ausência do componente indígena no Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) do projeto. No entanto, o Comitê de Combate à Megamineração no Rio Grande do Sul [15] e as demais entidades que são contrários ao projeto continuam mobilizadas, pois o mesmo ainda não foi arquivado, e pode ser retomado a qualquer momento [13] [14]. |
Name of conflict: | Coal mining project Mina Guaíba, Río Grande del Sul, Brazil |
Country: | Brazil |
State or province: | Río Grande del Sul |
Location of conflict: | Eldorado do Sul y Charqueadas |
Accuracy of location | HIGH (Local level) |
Type of conflict. 1st level: | Mineral Ores and Building Materials Extraction |
Type of conflict. 2nd level: | Coal extraction and processing |
Specific commodities: | Land Sand, gravel Coal Cut flowers Titanium ores |
Project details | Según la compañía minera COPELMI, el proyecto prevé la extracción de una reserva estimada en 166 millones de toneladas de carbón, que sería utilizado en la generación de energía y usado también para atraer industrias carboquímicas y centrales termoeléctricas. https://www.projetominaguaiba.com.br/. VERSÃO EM PORTUGUÊS: Conforme a mineradora COPELMI, o projeto prevê a extração de uma reserva estimada em 166 milhões de toneladas de carvão, que seria utilizado na geração de energia e usado também para atrair indústrias carboquímicas e usinas termelétricas. |
Project area: | 4,373 |
Level of Investment for the conflictive project | 4,000.000.000 |
Type of population | Rural |
Company names or state enterprises: | COPELMI from Brazil - Empresa minera Air Products from United States of America - Empresa asociada de COPELMI para viabilizar la inversión Zhetiang Energy Group from China - Socio de COPELMI para viabilizar la inversión |
Relevant government actors: | Gobierno del Estado de Río Grande del Sur; Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).Ministerio Público de la Provincia (MPE) y el Ministerio Público Federal (MPF) |
Environmental justice organizations (and other supporters) and their websites, if available: | Environmentalists, Agapan http://www.agapan.org.br/ ; AMA Guaíba https://amaguaiba.org/ . Joining of over one hundred environmental, associative and trade union entities: |
Intensity | MEDIUM (street protests, visible mobilization) |
Reaction stage | In REACTION to the implementation (during construction or operation) |
Groups mobilizing: | Farmers Industrial workers Neighbours/citizens/communities Religious groups |
Forms of mobilization: | Community-based participative research (popular epidemiology studies, etc..) Lawsuits, court cases, judicial activism Objections to the EIA Official complaint letters and petitions Public campaigns Boycotts of companies-products |
Environmental Impacts | Potential: Global warming, Loss of landscape/aesthetic degradation, Surface water pollution / Decreasing water (physico-chemical, biological) quality, Large-scale disturbance of hydro and geological systems, Mine tailing spills, Air pollution, Biodiversity loss (wildlife, agro-diversity) |
Health Impacts | Potential: Malnutrition, Other environmental related diseases, Other Health impacts |
Socio-economical Impacts | Visible: Loss of livelihood Potential: Loss of landscape/sense of place, Other socio-economic impacts, Displacement, Loss of traditional knowledge/practices/cultures, Land dispossession, Lack of work security, labour absenteeism, firings, unemployment |
Project Status | Stopped |
Conflict outcome / response: | Corruption Court decision (victory for environmental justice) Migration/displacement Negotiated alternative solution Withdrawal of company/investment Project temporarily suspended |
Proposal and development of alternatives: | -Agroecology practices |
Do you consider this an environmental justice success? Was environmental justice served?: | Not Sure |
Briefly explain: | Although some mobilizing actions have been taken by the local communities there is still the plan to go forward with the mine. There are several new mining projects in RGS. |
References to published books, academic articles, movies or published documentaries |
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Related media links to videos, campaigns, social network |
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Other documents |
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Other comments: | [13] Jornal do Comercio, 20 agosto 2019 |
Contributor: | Marcos Todt, PUCRS, [email protected] |
Last update | 09/09/2019 |
Conflict ID: | 4160 |
Images |
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rea em Charqueadas pode ser desapropriada para implantação da Mina Guaíba. Omar Freitas / Agencia RBS
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Comunidades atingidas pela mina protestaram na audiência pública realizada em Charqueadas
Comunidades atingidas pela mina protestaram na audiência pública realizada em Charqueadas
Source: https://www.extraclasse.org.br/sem-categoria/2019/03/assentados-protestam-em-audiencia-publica-sobre-mina-de-carvao/ on April 2019
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rea em Charqueadas pode ser desapropriada para implantação da Mina Guaíba. Omar Freitas / Agencia RBS
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Comunidades atingidas pela mina protestaram na audiência pública realizada em Charqueadas
Comunidades atingidas pela mina protestaram na audiência pública realizada em Charqueadas
Source: https://www.extraclasse.org.br/sem-categoria/2019/03/assentados-protestam-em-audiencia-publica-sobre-mina-de-carvao/ on April 2019
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2019-09-09 14:29:18 UTC
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revised/approved, added new inf. August/Sept 019. jma
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